INCC-M varia 0,20% em Fevereiro - 2024

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O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou um aumento moderado de 0,20% em fevereiro, marcando uma leve desaceleração em comparação com a taxa de 0,23% observada no mês anterior. Este movimento sinaliza uma tendência de estabilização nos custos da construção no curto prazo. Acumulando um crescimento de 3,23% nos últimos 12 meses, o índice reflete uma descompressão significativa dos custos quando comparado ao mesmo período do ano anterior, que viu uma expansão anual de 8,76%.


A componente do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) referente a Materiais, Equipamentos e Serviços evidenciou uma aceleração em seu crescimento, passando de um modesto 0,10% em janeiro para 0,23% em fevereiro. Esse aumento sugere uma pressão ascendente nos custos de insumos no setor, refletindo tanto variações no mercado de materiais e equipamentos quanto ajustes nos preços de serviços especializados. Por outro lado, o segmento de Mão de Obra apresentou uma variação de 0,16% em fevereiro, desacelerando em relação à alta de 0,42% registrada no mês anterior.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou um aumento de 0,20% em fevereiro, marcando um crescimento em relação à taxa de 0,09% vista em janeiro. Esse avanço reflete uma tendência de alta nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção. Notavelmente, metade dos subgrupos que compõem essa categoria exibiu incrementos em suas taxas de variação. Um destaque particular foi o subgrupo "materiais para instalação", que viu sua taxa aumentar significativamente de 0,02% para 0,42%.

No âmbito do grupo de Serviços, observou-se um aumento significativo na variação, que passou de 0,20% em janeiro para 0,49% em fevereiro. Este crescimento destaca-se especialmente no item "projetos", que viu sua taxa de variação escalar de 0,18% para 0,69%.

Mão de obra

A variação do índice de Mão de Obra registrou 0,16% em fevereiro, marcando uma notável desaceleração quando comparada ao índice de 0,42% observado em Janeiro.

Capitais

As taxas de variação do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) em diferentes cidades brasileiras apresentaram um quadro misto de desaceleração e avanço em fevereiro. Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo experimentaram uma desaceleração em suas taxas de variação, indicando uma moderação nos custos de construção nessas cidades. Por outro lado, Salvador, Brasília, Recife e Rio de Janeiro registraram um avanço em suas taxas de variação. Esse aumento pode ser atribuído a fatores como a intensificação da demanda por novos projetos de construção, ajustes nos preços dos insumos locais ou mudanças nas condições do mercado de trabalho.Mas me explique melhor, o que é?

Índice Nacional de Custo da Construção

O INCC possibilita o pleno acompanhamento da evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra mais relevantes para a construção civil.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o primeiro índice desenvolvido para monitorar a evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra destinados a construção de residências no Brasil. Além de ser um dos índices componentes do Índice Geral de Preços (IGP) do FGV IBRE, o INCC continua sendo, mais de 70 anos depois, um dos mais importantes indicadores de preços para o seu segmento.

Na década de 50, a abrangência geográfica do INCC limitava-se à cidade do Rio de Janeiro. Nas décadas seguintes, passou a ser calculado com base na evolução do custo da construção em várias capitais brasileiras, recebendo o status de índice nacional. Atualmente, o INCC é calculado para sete capitais brasileiras: três no Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), duas no Nordeste (Recife e Salvador), uma no Centro-Oeste (Brasília) e uma no Sul (Porto Alegre).

Como em qualquer grande setor da atividade econômica, são frequentes as inovações introduzidas nos estilos, materiais e técnicas de construção, o que motiva o ciclo de revisões metodológicas necessárias para manter o INCC aderente aos desafios que a construção civil brasileira está exposta.

Desse modo, em julho de 2023, foi realizada uma atualização na estrutura de ponderação do índice, a partir de orçamentos analíticos cedidos por construtoras de expressão no cenário nacional. Esta atualização possibilitou que o índice passasse a ser calculado para distintos padrões construtivos (econômico, médio e alto), nas sete cidades componentes do INCC. 

A partir desta atualização, o INCC se renova para continuar como o principal índice de preços voltado para a construção civil brasileira.  

Abrangência geográfica:

Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

Abrangência setorial:

Materiais e equipamentos, serviços e mão-de-obra.

Período de coleta:

• INCC-M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;

• INCC-10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;

• INCC-DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Periodicidade:

Mensal.

Fonte:  FGV IBRE

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